Caríssimos amigos do Getsêmani, paz a vocês!
O Evangelho que escutamos no domingo passado, continua a acompanhar-me, sobretudo me surpreende a delicadeza que Jesus tem com Bartimeu, o cego de Gericó- Seduziu-me, de novo, o fato de Jesus que para, chama o cego e lhe pergunta: “O que quer que eu faça para você?” (Mc 10,51). Muitas vezes, o Evangelho conta como Jesus é chamado pelos necessitados (entre muitos, por exemplo, os leprosos Lc 17,12ss; Jairo, com a filhinha nos extremos da vida Mc 5,22ss; o centurião com o servo doente Lc 7,2ss). Em outros casos, como ouvimos com o cego de Jericó, é Jesus quem toma a iniciativa e propõe-se. Isso é bastante misterioso e me fez refletir sobre quanto acontece, aqui, no Getsêmani. O Senhor, aqui, neste jardim, pede a nós um milagre... não é quiçá qual grande empresa, mas pede somente de permanecer ao lado dEle. De costume, quando eu, em minha oração, imagino de estar perto dEle, agonizante, e frente ao seu pedido: “Fiquem aqui e vigiem comigo” (Mt 26,38), procuro ficar presente, e ao lado dEle, silenciosamente. Neste mês, eu queria convidar vocês a fazer este milagre: cada um de nós, em sua oração, e do jeito que lhe for possível, peça ao Senhor: “O que quer que eu faça consigo, ó meu Senhor?”. Tudo isso, parece-me de percebê-lo como um possível milagre que nos torna disponíveis ao Senhor, para amá-Lo e para cumprir com a Sua vontade.
