Caríssimos amigos do Getsêmani, paz a vocês. Nossa reza deste mês de agosto, queria pôr a atenção naquilo que o Senhor viveu, aqui, no Gestsêmani, como Deus e como homem. Quando nós pensamos no Senhor, aqui, na angústia, às vezes, arriscamos de um lado diminuir o mistério da redenção, que aqui aconteceu, tornando-o puramente um fato humano. Ou, absolutizamos a divindade de Jesus, empobrecendo o mistério da encarnação... de seu sentir o sofrimento, o abandono, a fadiga da luta contro o maligno. Estas duas perspectivas em antÍtese, se fossem seguidas conduziriam novamente a umas heresias que já houveram na história e que foram refutadas pela Igreja exatamente porque desfiguravam o Rosto e a identidade de Jesus Cristo, nosso Senhor. De fato, é exatamente no nosso ‘Créio...’ que professamos estas duas realidades, juntas, na única pessoa: Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. São Máximo, o Confessor, neste assunto, é iluminante. Ele afirma: “O que o consentimento voluntário manifesta (o FIAT de Jesus no Getsêmani: “Seja feita não a minha mas a tua vontade”), é o fato que a nossa salvação, é querida num modo humano por uma Pessoa divina”. Eu espero que esta síntese sapiente nos ajude a perceber o quanto o Senhor, nos amou... Ele entrou na nossa humanidade e não separou-se nunca mais dela. É como se ele nos repetisse: “Eu vos amei, de verdade... até o fim!”.
Hora Sancta
Somos os filhos de Francisco, cuidamos, por vontade de Deus, de um dos lugares mais queridos por Jesus: o jardim chamado GETSÊMANI. É um lugar único no mundo, o lugar onde o Senhor expressa o seu Sim para sempre, na disponibilidade a entrar onde ninguém nunca entrou, onde Jesus abisma-se nas trevas, cimenta-se na derradeira luta contra a morte, da qual, a humanidade, saiu sempre derrotada.